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Pacu-Agua Doce
Pacu-Agua Doce

Nome Científico:
Piaractus mesopotamicus (pacu – bacia do Prata), Piaractus brachypomus (pirapitinga – bacia Amazônica; caranha – bacia amazônica, do Araguaia e do Tocantins) 

Nomes Populares:
Pacu, pacu pantaneiro

Características
Substantivo: masculino
Elenco: Peixes
Reino: Animalia 
Família: Characidae
Gênero: Piaractus

Valores nutricionais 
100 g de peixe in natura

Umidade 75,54 g
Calorias 104 Cal
Proteína 19,02 g
Lipídeos 3,79 g
Fonte: Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial – Esalq-USP


Ocorrência espacial e características gerais 
Nativo do Brasil, é típico do pantanal sul-mato-grossense, com ocorrências na bacia Amazônica e bacia do Prata. 
Pacu é o nome comum dado a diversos peixes do gênero caraciforme, família dos caracídeos. Tem corpo romboidal e comprimido, escamas e tamanhos variados, de acordo com as espécies existentes. Sua carne apresenta elevado teor de gordura.
No Brasil existem mais de 30 espécies do peixe, mas é mais pescado no Pantanal Mato-Grossense, onde podem alcançar grandes dimensões. 
O pacu é uma espécie onívora com tendências herbívoras, que se alimenta de frutos, sementes, folhas, algas e, raramente, peixes, crustáceos e moluscos, sendo um dos peixes mais ativos do Pantanal. “Pode alcançar cerca de 80 cm de comprimento e 18,5 kg de peso. Em 1977, o Instituto de Pesca de São Paulo promoveu no Brasil a primeira desova e fecundação induzida para esta espécie”. 
Em períodos de cheia, é possível ocorrerem também em lagoas, onde comem vegetais, frutas e peixes menores.


 
Usos e derivativos
É habitualmente preparado assado com farofa de mandioca, ensopado ou frito.
Juntamente com o dourado, o pintado, o tucunaré, o matrinxã e a piranha, o pacu é peixe da culinária típica pantaneira, feito como a mojica, um caldo engrossado com fécula, o assado e a ventrecha, posta localizada imediatamente após a cabeça. 
Para prepará-lo na grelha, deve-se primeiramente cortá-lo ao meio no sentido longitudinal. 
As 2 partes devem então ser polvilhadas com sal grosso e dispostas sobre a grelha com apele voltada para as brasas. O peixe deve assar lentamente em sua própria gordura.
A ventrecha de pacu, em receita tradicional, deve ser assada em brasa, forno ou chapa de ferro e temperada com alho, pimenta-de-cheiro fresca, pimenta-do-reino, azeite e suco de limão.
História, cultura e mitos
As iscas ideais para a pesca do pacu são caranguejos, minhocuçus, coquinhos, pedaços de jenipapo e bolinhas de massa de farinha. Há 2 formas de pesca praticadas com a vara de bambu: na primeira, utilizam-se frutos como isca (tucum, laranjinha ou jenipapo); na outra, usa-se uma isca de caranguejo e lançam-se as demais iscas na água, de modo a reproduzir o som de fruta caindo. A vara de bambu deve ter de 4 a 5 m de comprimento.
Curiosidades
• Pacu em língua indígena significa “porco dos rios”, pois come quase tudo o que encontra. 
• Bastante arisco, graças à audição aguçada, e muito valente no momento da fisgada, o pacu é um dos espécimes mais visados pelos pescadores esportivos. Está presente em praticamente todos os rios médios e grandes do Mato Grosso do Sul e foi um dos primeiros peixes a serem introduzidos em lagoas e açudes por meio de técnica da reprodução artificial.
Referências Bibliográficas
Referências bibliográficas
CHAVES, G. & FREIXA, D. Larousse da cozinha brasileira. São Paulo: Larousse, 2007.
Sites
SZENTTAMÁSY, E. R. et al. “Tecnologia do pescado de água doce: aproveitamento do pacu (Piaractus mesopotamicus) “Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial – Esalq-USP, disponível em: https://www.scielo.br/pdf/sa/v50n2/19.pdf
Molhando minhoca, disponível em: www.molhandominhoca.com.br